As tecnologias digitais alteraram completamente nossa noção sobre o tempo. Às vezes temos a sensação de que acompanhar o tempo do nosso tempo é impossível. Mas apesar das queixas generalizadas sobre este descompasso entre vida e tecnologia, aceitamos e exploramos o tempo digital, rejeitando aquilo que não se adapta ao novo tempo.
As experiências no mobile – metade do tráfego na web – ilustram essa transformação temporal. Ao procurarmos qualquer coisa na Internet não esperamos mais as páginas carregarem, por exemplo. Um comportamento social que desafia as marcas.
Segundo o Google, os sites de 75% das maiores marcas brasileiras demoram 20 segundos para carregar no smartphone provocando uma experiência negativa para o usuário. E há 62% de chances desse usuário não comprar mais da tal marca com site lento:
Todos nós já passamos por isso: tentamos ansiosamente acessar um site no smartphone procurando uma resposta imediata, e acabamos abandonando a página porque ela demora demais para carregar. Esse é um problema que a maioria dos negócios enfrenta.
O tempo limite, recomendado pelo Google, para o carregamento de uma página é de 5 segundos e o tempo ideal de 3. TRÊS SEGUNDOS! É quase o tempo que você demorou para ler a frase 3 segundos! Como a tecnologia, a nossa cabeça e nosso comportamento mudaram em três décadas!
Nos anos 1990, ficávamos minutos parados na frente do PC trambolho esperando a conexão discada, o site carregar, o download e o upload… a uma velocidade de 56,6 kbps…
Uma realidade tão tão distante. Hoje, o som do dial-up parece até um contato extraterrestre. 👇
Ao preparar uma aula, comecei a pesquisar referências sobre aqueles outros tempos e achei o Museum of Endangered Sounds, um museu digital com sons de objetos, dispositivos e softwares antigos.
Se você curte a história da tecnologia e da comunicação, vai viajar nesse site como eu.